Junkie

Sabe aquela máxima de psicólogo que diz que você só percebe as coisas quando verbaliza? Eu nunca fui a um psicólogo (apesar de querer) e não tenho costume de falar sozinha (e com os outros não é sempre que quero/devo). Sendo assim, sou adepta do transforme os pensamentos em um texto e “tan-dan” tudo virá à tona e ficará claro como água. É por isso que tenho evitado escrever aqui.

Eu tenho um objetivo na vida de algum tempo pra cá. É simples na teoria, mas na prática não é bem assim.

Vivo como uma viciada, um dia por vez. O objetivo é levar a vida mais leve, não me preocupar e não me cobrar tanto. Não esperar muito das pessoas e principalmente evitar as decepções. Se no fim do dia eu conseguir dizer “Meu nome é Roberta e só por hoje eu não encuquei, não deprimi e não me estressei”, já é uma baita vitória.

O problema é que de uns tempos pra cá tenho visto muitas caras fechadas e cabeças cabisbaixas ao meu redor. É um bom dia que não vem, um obrigada que não escuto e um abraço que não ganho. É cobrança de um lado e do outro também, coisa que deveria encarar normalmente na minha situação; porém se ser “chefe” já é díficil, é mais ainda quando não se ganha pra isso. E aí é muito fácil ser alvo de julgamentos de todos os lados né?

E o escudo vai ficando meio penso, até que uma hora cai.

É, eu posso ter vindo ao mundo pra facilitar a vida dos outros, mas acho que não custa nada facilitar um pouco pra mim também não é? Estou em busca de relações de duas vias. Cansa ser legal.

Meu nome é Roberta e só por hoje eu falhei. Só por hoje eu encuquei, deprimi e me estressei.